Segunda-feira, 7 de Maio de 2007

Pequena biografia para um GRANDE português

  Rómulo de Carvalho foi professor, pedagogo e autor de manuais escolares, historiador da ciência e da educação, divulgador científico e poeta.

  Rómulo Vasco da Gama de Carvalho nasceu em 24 de Novembro de 1906, na Rua do Arco do Limoeiro em Lisboa. Filho de José Avelino da Gama de Carvalho, natural de Tavira, e de Rosa das Dores Oliveira Gama de Carvalho, natural de Faro. Fez a instrução primária no Colégio de Santa Maria, em Lisboa. Entre 1917 e 1925 estudou no Liceu Gil Vicente. Em 1925 matriculou-se no Curso Preparatório de Engenharia Militar da Faculdade de Ciências. Em 1928 mudou-se para o Porto, onde se matriculou no curso de Ciências Físico-Químicas, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que concluiu em 1931. Passados três anos realizou o Exame de Estado para o Ensino Liceal, iniciando a actividade docente no Liceu de Camões (Lisboa), continuando no Liceu D. João III (Coimbra) e, depois no Liceu Pedro Nunes (Lisboa), sendo aqui Professor Metodólogo a partir de 1958. A partir de 1946 foi um dos directores da Gazeta de Física, órgão da Sociedade Portuguesa de Física, cargo que exerceu até 1974.

 

 Fonte: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/ciencia/p24.html


publicado por quimicadapoesia às 20:51
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Domingo, 25 de Fevereiro de 2007

António Gedeão e a História de Portugal

 

publicado por quimicadapoesia às 21:55
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Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2007

Poesia na química?

Rómulo de Carvalho (1906-1997) foi uma personalidade singular na vida cultural portuguesa.

"António Gedeão só aos cinquenta anos surge como poeta, na plenitude dos seus dons, e vem inserir-se num espaço literário em que Miguel Torga, Vitorino Nemésio, José Régio, Sofia de Mello Breyner Andresen ocupam já uma posição cimeira e em que se afirmaram ou começam a afirmar-se talentos tão diversos como os de Jorge de Sena, Ruy Cinatti, Mário Cesariny, Eugénio de Andrade, José Gomes Ferreira, Carlos de Oliveira, Ramos Rosa, David Mourão-Ferreira."

Urbano Tavares Rodrigues


publicado por quimicadapoesia às 18:42
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Química da poesia ou poesia da química?

Literatura ...

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhai-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

 António Gedeão

 

Ciência ...

 

Método científico:

  

Etapas:     1º. Problema (hipótese) - 1ª estrofe                      

                      2º.  Observação - 1º estrofe          

                      3º.  Realização - 2ª, 3ª, 4ª e ½ da 5ª estrofes

                      4º. Conclusão – ½ da 5ª e 6ª estrofes

 

1º. Problema: Qual é a constituiçãode uma lágrima?

                                A constituição de uma lágrima varia de raça para raça?

 

2º. Observação: Rómulo de Carvalho observou uma lágrima de uma pessoa de raça negra.

 

3º. Realização de uma experiência: O professor recolheu uma lágrima, para analisar, dentro de um tubo de ensaio. Observou-a atentamente, utilizou vários instrumentos de trabalho como: ácidos, bases, sais e drogas. Experimentou tanto a frio como a quente, mas deu sempre o mesmo resultado.

 

4º.  Conclusão: Durante todas as experiências, o mesmo resultado foi sempre o mesmo. A lágrima continuava a revela, portanto Rómulo de Carvalho concluiu que não há diferença entre raças, nem termos de  sentimentos.

 


 O cientista, Rómulo de Carvalho e o poeta, António Gedeão, confundem-se ...


publicado por quimicadapoesia às 15:00
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Biografia

 
 
 
 
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho nasceu em Lisboa em 1906. Licenciou-se em Ciências Físico-Químicas na universidade do Porto em 1931. Ao longo da sua vida foi professor, pedagogo, cientista e investigador de História das ciências.  
Na sua obra tem diversos livros de divulgação científica, assim como livros escolares especializados, nomeadamente na área da matemática.
 

publicado por quimicadapoesia às 13:15
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EU, António Gedeão

"Eu, infante, não sabia
as mágoas que a vida tem.
Ingenuamente sorria,
me aninhava e adormecia
no colo da minha mãe."

http://www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br/novidades%20da%20quimica.gif


publicado por quimicadapoesia às 10:00
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Foi importante...

António Gedeão admira em especial uma pessoa, a sua mãe. A ela deve a sua maneira de ser…

"(…) A minha Mãe tem para mim um significado muito especial, não é por dever, é porque … Há um poema chamado «Mãezinha» em que coloco a situação num plano puramente probabilístico: meu pai pela rua, uma eliminação acidental de pessoas, de acontecimentos, até que restou uma pessoa,a  minha Mãe. Até já ouvi recitá-lo com um certo ar de graça. Ora não tem graça de espécie nenhuma: é simplesmente um agradecimento por me ter permitido ser assim como sou."

 

In Jornal Expresso, 4 de Junho,1994

Mãezinha


A terra de meu pai era pequena
e os transportes difíceis.
Não havia comboios, nem automóveis, nem aviões, nem mísseis.
Corria branda a noite e a vida era serena.

 
Segundo informação, concreta e exacta,
dos boletins oficiais,
viviam lá na terra, a essa data,
3023 mulheres, das
quais
45 por cento eram de tenra idade,
chamando tenra idade
à que vai do berço até à puberdade.

 
28 por cento das restantes
eram senhoras, daquelas senhoras que havia dantes.
Umas, viúvas, que nunca mais (oh! nunca mais!) tinham sequer sorrido

desde o dia da morte do extremoso marido;
outras, senhoras casadas, mães de filhos...
(De resto, as senhoras casadas,
pelas suas próprias condições,
não têm que ser consideradas
nestas considerações.)
Das outras, 10 por cento,
eram meninas casadoiras, seriíssimas, discretas,
mas que por temperamento,
ou por outras razões mais ou menos secretas,
não se inclinavam para o casamento.

 
Além destas meninas
havia, salvo erro, 32,
que à meiga luz das horas vespertinas
se punham a bordar por detrás das cortinas
espreitando, de revés, quem passava nas ruas.

 
Dessas havia 9 que moravam
em prédios baixos como então havia,
um aqui, outro além, mas que todos ficavam
no troço habitual que o meu pai percorria,
tranquilamente no maior sossego,
às horas em que entrava e saía do emprego.


Dessas 9 excelentes raparigas
uma fugiu com o criado da lavoura;
5 morreram novas, de bexigas;
outra, que veio a ser grande senhora,
teve as suas fraquezas mas casou-se
e foi condessa por real mercê;
outra suicidou-se
não se sabe porquê.

 
A que sobeja
chama-se Rosinha.
Foi essa que o meu pai levou à igreja.
Foi a minha mãezinha.

António Gedeão


publicado por quimicadapoesia às 09:58
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Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2007

Rómulo de Carvalho ou António Gedeão?

António Gedeão

 


publicado por quimicadapoesia às 22:26
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Lição sobre a água

boiar.jpg

Imagem de http://euseila.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_04.html

Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.

É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.

Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.

António Gedão


publicado por quimicadapoesia às 20:35
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A propósito da "Lição sobre a água" ...

 

 

No poema “Lição sobre a água” encontramos um professor e um poeta, a Ciência e a Poesia unidas numa só. Como o  título sugere, este poema trata de uma aula/lição sobre a água. E tudo começa como uma lição …

 

O cientista, Rómulo de Carvalho, enuncia as propriedades químicas para caracterizar a água. Os sentimentos, as emoções ficam  para o poeta, António Gedeão.

 

Como é evidente, a água é muito importante e essencial à vida. Esta tem um papel fundamental nas centrais eléctricas, já que estas vieram substituir a máquina a vapor de antigamente. A água é vida!

 

Assim, o poema divide-se em duas partes, a científica e a poética.

 

Neste poema, o sujeito poético dá a conhecer um elemento da natureza, a água.

 

Do primeiro ao terceiro versos estão presentes a propriedades organoléticas da água.Este líquido é água. Quando pura é inodora, insípida e incolor.

 Do quarto ao sétimo verso é demonstrada a aplicação da água, importante no quotidiano. Reduzida a vapor, sob tensão e alta temperatura, move os êmbolos das máquinas que, por isso, se denominam máquinas a vapor.”

Do oitavo ao décimo verso estão expressas as propriedades químicas da água. É um bom dissolvente. Embora com excepções mas de um modo geral,dissolve tudo bem, bases e sais."

 

Do décimo primeiro ao décimo segundo versos estão referidas as propriedades físicas da água(temperatura de fusão e de ebulição): Congela a zero graus centesimais e ferve a 100, quando à pressão normal.”

 

Tudo muito bem explicado, o professor dá uma aula.


Do décimo terceiro ao décimo sexto versos, o sujeito poético introduz um elemento novo. Forte, surpreendente: o cadáver de Ofélia.

 

“Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão, sob um luar gomoso e branco de camélia, apareceu a boiar o cadáver de Ofélia com um nenúfar na mão.

 

Poético na imagem, poético até na dor.

 

Lição sobre a água ou sobre a vida?  Afinal tudo é tão relativo...


publicado por quimicadapoesia às 20:30
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